Abstract:
Esse estudo teve por objetivo comparar diferentes protocolos restauradores para o mascaramento
de cor do substrato dentinário severamente escurecido. Vinte e oito blocos de dentina (8x8
mm) obtidos de incisivos bovinos foram pigmentados com vinho tinto (24h) e aleatoriamente divididos
em 4 grupos (n=7) de acordo com o tratamento restaurador: OP+LT0,5 – interposição de um
disco de resina composta opaca (OP/0,3 mm) seguido da cimentação de uma lâmina de cerâmica LT
de 0,5 mm; LT0,5 – apenas cimentação da cerâmica da espessura de 0,5 mm; OP+LT 1 – associação
do disco de resina e cimentação de uma lâmina de cerâmica LT de 1 mm; LT1 – apenas cimentação
da cerâmica da espessura de 1 mm. Como grupo controle (GC), blocos de esmalte (8x8 mm / n=7)
receberam lâminas de cerâmicas HT de 0,5 mm. Todas as cimentações foram realizadas com cimento
translúcido e a cerâmica utilizada foi na cor A1. A análise de cor (VITA Easyshade) para obtenção
dos valores de L*, a*, b*, a partir dos quais foram calculados os valores de ΔL, Δa, Δb e ΔE. As
leituras foram realizadas em todos os momentos do estudo: LI (inicial), LP (após pigmentação) e
LC1 (24h após cimentação). Para o GC, a LP não foi realizada. Os resultados demonstraram que o
protocolo de pigmentação foi eficaz para a obtenção de um substrato escurecido e padronizado, já
que diferenças significantes foram observadas em relação a LI (p<0,05). Todos os grupos apresentaram
maior valor de ΔL em relação ao GC (p<0,05), sendo que o grupo que apresentou a menor valor
foi o OP+LT1, sendo estatisticamente diferente dos demais protocolos restauradores (p<0,05).
Todos os protocolos, incluindo GC, resultaram em variações para o ΔE, sendo que o OP+LT1 foi o
único que apresentou variação similar a do GC (p>0,05). Para o mascaramento de um substrato severamente
escurecido, há a necessidade de uma maior espessura de desgaste (mínimo 1 mm) sendo
viável a interposição de uma camada de resina composta entre o substrato e a cerâmica.