Abstract:
Objetivo: Avaliar o potencial antimicrobiano do Ozônio, nas formas de gás e água
ozonizada, em diferentes concentrações e em diferentes tempos de exposição, contra
cepas de Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis. Material e Métodos: O
experimento foi realizado separadamente para cada microrganismo: Staphylococcus
aureus e Enterococcus faecalis. Para cada bactéria, foram utilizadas dez placas de
petri: 5 placas nas quais as bactérias foram inoculadas após o contato com a água
ozonizada e 5 com gás ozônio. Cada uma das placas recebeu os microrganismos. 5
tiveram o contato com a água ozonizada e 5 com o gás ozônio. Cada uma das placas
foi dividida em seis partes, contendo três concentrações do ozônio (20 μg/mL, 40
μg/mL e 60 μg/mL), e os diferentes tempos de exposição (1 e 2 minutos). Também foi
feita uma placa de controle, com cinco divisões, que recebeu bactérias que não
tiveram contato com nenhum tipo de produto (controle positivo). Além disso, uma
placa, dividida de forma semelhante, recebeu bactérias, com exposição à clorexidina
a 2%, com 5 divisões (controle negativo). Os grupos foram comparados de acordo
com a quantidade de UFCs formadas em cada combinação tempo/tratamento.
Realizou-se uma comparação estatística entre as concentrações, o tempo de
exposição e o tipo de aplicação de ozônio, utilizando-se os testes ANOVA multifatorial,
ANOVA a um critério, teste de Tukey e teste t independente para a comparação
intergrupos. Resultados: Para o microrganismo Staphylococcus aureus, houve
diferença estatisticamente significante apenas com relação à concentração de ozônio,
sendo que as concentrações de 40 e 60 μg/mL se mostraram mais eficazes na
redução de UFCs do que a de 20 μg/mL. Para o microrganismo Enterococcus faecalis,
houve diferença significante entre o tipo de concentração e o tipo de aplicação do
ozônio, sendo que as concentrações de 40 e 60 μg/mL se mostraram mais eficazes
que a concentração de 20 μg/mL, e o gás se mostrou mais eficaz que a água. Para
ambos os microrganismos, quando comparadas aos grupos controle, todas as
concentrações de ozônio se mostraram eficazes na redução das bactérias de forma
similar à clorexidina. Conclusões: O ozônio se mostrou eficaz na redução de
bactérias tanto na forma de gás como na forma de água, em todas as concentrações
e tempos testados. Quando comparadas entre si, as concentrações de 40 e 60 μg/mL
se mostraram mais eficazes que a concentração de 20 μg/mL. Para o microrganismo
Enterococcus faecalis, o gás ozônio se mostrou mais eficaz que a água ozonizada.