AÇÃO DESCONTAMINANTE DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA (aPDT) SOBRE SUPERFÍCIE DE IMPLANTES DENTÁRIOS – ESTUDO MICROBIOLÓGICO IN VITRO

Abstract

INTRODUÇÃO: A peri-implantite é uma condição clínica complexa que acomete um número cada vez maior de implantes dentários osseointegrados. Um protocolo ideal para o tratamento da doença ainda não foi estabelecido. PROPOSIÇÃO: O objetivo desse trabalho foi contribuir com o avanço do conhecimento para o tratamento da peri-implantite, verificando a eficácia de um protocolo adaptado para descontaminação in vitro da superfície de implantes metálicos. MATERIAL E MÉTODOS: Foram empregados 16 implantes de titânio (BioHE - Bioconect), esterilizados de fábrica. Os implantes foram distribuídos nos seguintes grupos (n=4): controle negativo (E) - implantes estéreis; controle positivo (C) - implantes contaminados com biofilme microbiano; soro (S) - implantes contaminados com biofilme microbiano e escovados com soro fisiológico estéril; e terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) - implantes contaminados com biofilme microbiano, escovados com soro fisiológico estéril e tratados com terapia fotodinâmica antimicrobiana. Os implantes foram contaminados in vitro com biofilme microbiano subgengival coletado de um voluntário, diagnosticado com periodontite, e distribuídos nos grupos C, S e aPDT. Cada grupo recebeu o respectivo tratamento para descontaminação, exceto os implantes do grupo E, que não foram contaminados, e os implantes do grupo C, que não receberam nenhum tipo de tratamento descontaminante. Em seguida, todos os implantes foram colocados em tubos contendo meio de cultura para posterior semeadura e realização da contagem das unidades formadoras de colônia (UFCs), a olho nu. RESULTADOS: Observou-se uma redução significativa (p<0,01) no número de UFCs no grupo aPDT (19,38 x 105) quando comparado ao grupo S (47,75 x 105) e grupo C (59,88 x 105). O grupo S também apresentou diminuição no número de UFCs quando comparado ao grupo C e essa diferença foi estatisticamente significante (p<0,01). Tanto o grupo aPDT quanto o grupo S foram diferentes estatisticamente do grupo E, que não apresentou crescimento bacteriano. CONCLUSÕES: O uso da aPDT como terapia adjuvante parece ser uma boa opção no tratamento da peri-implantite, permanecendo ainda em estudo o protocolo de aplicação considerado ideal.