Abstract:
PROPOSIÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a infiltração de Enterococcus faecalis na interface dos implantes hexágono externo e o seu respectivo parafuso de cobertura de fora para dentro dos implantes por análise microbiológica.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 14 implantes, dos quais 10 implantes hexágono externo da Signo Vinces e 4 implantes hexágono externo da Bioconect, com seus respectivos parafusos de cobertura e vinte e oito tubos de ensaio estéreis sendo 14 tubos com solução estéreis com 5ml BHI (Brain-heart infusion) e 14 tubos com solução com meio de cultura E. faecalis. Foram colocados em tubos de ensaio contendo 5ml de caldo estéril BHI por 3 minutos. Em seguida o conjunto implante/parafuso de cobertura foi levado à tubos de ensaio contendo 5ml de caldo BHI contaminados com E. faecalis e mantidos incubados numa estufa a 37ºC por 14 dias. Passados 14 dias observou-se que o caldo BHI de todos os tubos que receberam os implantes por 3 minutos estavam límpidos. Dos tubos, com caldo BHI contaminado, removeram-se os implantes com uma pinça clínica estéril, na câmara de fluxo laminar, e com uma pinça hemostática os implantes foram então apreendidos e friccionados com gaze estéril embebida com álcool 70% por 15 segundos. Após, os parafusos de cobertura foram removidos e realizou-se a coleta com cone de papel absorvente estéril, por 5 segundos na região do interior dos implantes e o plantio das amostras em placa de Petri. E então os cones de papel absorventes manipulados foram imergidos em tubos de ensaio com o caldo BHI estéril e levados para incubação por 48 horas juntamente com as placas de Petri. Foi feita a visualização da placa de Petri e os tubos de ensaio e posteriormente foi realizada a contagem da unidade formadora de colônias.
RESULTADOS: Dos 14 implantes hexágono externo analisados, 8 implantes tiveram infiltração de E. faecalis ou 57,1%, e 6 implantes não tiveram infiltração bacteriana ou 42,9%, sendo que a marca do implante não interferiu no resultado final do processo.
CONCLUSÕES: Concluímos que o método de cultura identificou as bactérias provenientes do exterior/interior dos conjuntos implante/parafuso de cobertura, e que ocorreu passagem in vitro de E. faecalis. Através da interface implante/parafuso de cobertura do hexágono externo podendo em longo prazo gerar insucesso.