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INTRODUÇAO: As coroas provisórias sobre implante reestabelecem a estética
e garantem a função durante o processo de osseointegração dos implantes
dentários ou fabricação das próteses definitivas. As coroas provisórias podem
ser produzidas a partir de um bloco de PMMA polimerizado industrialmente,
garantindo propriedades mecânicas superiores. No entanto, em próteses
provisórias cimentadas, o excesso de cimento que extravasa no sulco
periimplantar pode gerar preocupação para o cirurgião-dentista. O objetivo deste
estudo foi avaliar a retenção de coroas temporárias sobre implante com
diferentes espaços de cimentação, retidos por cimento ou fricção (sem cimento).
MATERIAIS E MÉTODOS: Neste estudo in vitro, 30 análogos de implantes Cone
Morse foram incluídos em segmentos de tubos de PVC com resina acrílica
autopolimerizável e receberam munhões universais. Os grupos CMS (Cone
Morse Standard) e CMR (Cone Morse Reduced) receberam coroas usinadas a
partir de blocos de PMMA com diferentes espaços para o agente de cimentação:
grupo CMS, 10 coroas usinadas com espaço de cimentação padrão (100 µm);
grupo CMR, 10 coroas usinadas com espaço de cimentação reduzido (50 µm).
O grupo GMC (Gran Morse Click) recebeu 10 coroas em resina acrílica termo
ativada pela técnica convencional, utilizando cilindros provisórios click pré-
fabricados que podem ser usados sem cimento. As coroas do grupo CMS foram
cimentadas com Temp-Bond NE (Kerr – Brasil). As coroas do grupo CMR e
GMC, foram inseridas no análogo sem cimento, com pressão digital pelo mesmo
operador. Para simular o ambiente oral e os ciclos mastigatórios, as amostras
foram submetidas à ciclagem mecânica. Para a avaliação da retenção, as coroas
foram tracionadas em uma máquina universal de ensaios. Os valores de
retenção foram analisados estatisticamente e diferenças entre os grupos foram
verificadas utilizando o teste ANOVA a um critério de seleção e teste de Tukey
(ALFA<0,05). RESULTADOS: A retenção medida pelos valores de resistência à
tração e sua comparação estatística demonstraram que o grupo CMS antes da
ciclagem mecânica possui uma retenção significantemente maior do que os
demais grupos (p=0,000). No entanto o Grupo CMR mostrou ter uma perda de
retenção não significante após a ciclagem mecânica e fadiga (p=0,093),
enquanto que o grupo CMS apresentou uma redução significante em sua
retenção (p=0,000). O grupo GMC, apesar de ter uma variação pequena, porém
estatisticamente significante, e apresentou a menor resistência à tração entre
todos os grupos. CONCLUSÃO: O uso de coroas com espaço reduzido sem
cimento pode ser uma opção clinica interessante, uma vez que eliminam os
problemas relacionados ao excesso de cimento nas coroas cimentadas. |
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