Abstract:
Objetivo: Avaliar se há influência de protocolos de baixa dose de radiação, com
variação no número de imagens-base, na precisão de medidas ósseas lineares em
imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Materiais e
Métodos: Nesse estudo in vitro foram utilizadas cinco mandíbulas de poliuretano,
edêntulas e com diferentes graus de reabsorção óssea. Para obtenção do padrão- ouro foram demarcados pontos de referências nas corticais e, posteriormente, foi
utilizado um paquímetro digital para mensurar altura e espessura ósseas nesses
pontos. O aparelho PaX-i3d (Vatech) foi utilizado para obtenção das imagens e os
parâmetros energéticos foram mantidos fixos em 50 kV e 4 mA. O voxel utilizado foi o
de 0,2 mm e o FOV de 50x50mm. Mantendo esses parâmetros fixos, cada mandíbula
foi escaneada duas vezes, com diferentes protocolos: Low dose (L): 24 segundos de
aquisição e 720 imagens-base e UltraLow dose (UL): 15 segundos de aquisição e 450
imagens-base. Após a aquisição das imagens, as imagens foram avaliadas. Foram
realizadas mensurações nos pontos de referência. Os dados obtidos foram
submetidos à análise estatística com Teste t de Student, e ao Índice de Correlação
Intraclasse (ICC). Resultados: Em relação à mensuração de altura, observou-se que
não houve diferença significante entre as mensurações obtidas nos protocolos L e UL
(p=0.8648). Além disso, os protocolos L e UL não apresentaram diferença em relação
ao padrão-ouro (p= 0,8717 e 0,9928, respectivamente). Assim como em relação a
mensuração da altura óssea, na análise das mensurações de espessura óssea, não
houve diferença significante entre as mensurações obtidas nos protocolos L e UL
(p=0.7969), e esses protocolos não apresentaram diferença significante em relação
ao padrão-ouro (p= 0,7455). Conclusão: Considerando a demanda de precisão na
implantodontia, protocolos de baixa dose de exposição podem ser utilizados sem
comprometer o planejamento clínico.