Abstract:
PROPOSIÇÃO: O Objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de uma prótese fixa
com cantiléver sobre um único implante em conexões Externas Hexágonal e Conexões
Internas Cônicas, após teste de fadiga mecânica. MATERIAL E MÉTODOS: 18 Implantes
(3,75 x 11 mm) da marca Neodent (Curitiba, PR, Brasil) com diferentes conexões, foram
divididos em três Grupos (HE - Hexágono Externo n=6, CM - Cone Morse n=6 e GM - Grand
Morse n=6), receberam seus respectivos pilares e uma prótese parafusada metálica de dois
elementos, sendo um em cantiléver. Os corpos de prova foram submetidos a um teste de
fadiga, com carga cíclica de 240 N, durante 1,2 milhão de ciclos a uma frequência de 2 Hz.
Foram avaliadas a taxa de sobrevivência, os modos de falha e diferenças entre torques de
instalação e remoção dos parafusos das próteses e dos pilares. RESULTADOS: No Grupo
HE, verificou-se sobrevivência de 16,7%, no Grupo CM 0% e no Grupo GM 66,7%, com
diferença estatisticamente significativa entre eles (p=0,027) através do teste Qui-quadrado.
Os modos de falha observados no estudo também com o teste Qui-quadrado, foram
estatisticamente diferentes (p=0,020) sendo o afrouxamento do parafuso da prótese o mais
frequente e fratura do parafuso do pilar observada no Grupo HE. As falhas ocorreram mais
precocemente no grupo CM (183,33 ± 92,32 mil ciclos) apresentando diferença
estatisticamente significante pelo teste Anova e teste de Tukey (p=0,001) em comparação aos
grupos HE (720 ± 327,11 mil ciclos) e GM (1.050 ± 212,13 mil ciclos). Houve diminuição
estatisticamente significante (p<0,001) através do teste t dependente, com relação ao torque
de remoção em todos os parafusos, com exceção dos parafusos do pilar do Grupo CM, que
apresentaram acréscimo de valor. CONCLUSÃO: O comportamento sob fadiga das próteses
com cantiléver sobre um único implante variaram de acordo com o tipo de conexão e desenho
dos componentes. A conexão GM apresentou maior sobrevivência à fadiga e maior número
de ciclos até a falha. A falha mais frequente foi o afrouxamento do parafuso da prótese,
observado em todos os grupos. Todos os parafusos apresentaram redução do torque de
remoção, com exceção do parafuso do pilar CM, que teve seu torque aumentado.