Abstract:
A prótese híbrida, composta pela cimentação de uma coroa monolítica de
dissilicato de lítio a uma base de titânio que é parafusada sobre implante, alia
características estéticas de uma prótese cimentada com a praticidade e
reversibilidade de uma parafusada. O objetivo deste estudo é avaliar a
sobrevivência à fadiga, resistência à fratura após a ciclagem mecânica, e os
modos de falha de coroas monolíticas de dissilicato de lítio sobre intermediários
em base de titânio e munhão universal. Foram designados dois grupos (n=10)
consistindo de implante dentário com intermediário protético e coroa monolítica
unitária em dissilicato de lítio. No Grupo T as coroas foram cimentadas sobre a
base de titânio e no Grupo M sobre o munhão universal. Os espécimes foram
submetidos a 1,2 x 106 ciclos de fadiga mecânica, espécimes sobreviventes foram
submetidos a um teste de resistência à fratura em compressão em uma máquina
universal de ensaios. Os modos de falha foram examinados com o auxílio de um
microscópio ótico. Os valores de resistência máxima dos corpos de prova foram
comparados por meio do teste T. Diferenças entre os modos de falha foram
analisadas utilizando o teste do Qui-Quadrado, considerando p< 0.05. Todos os
espécimes sobreviveram à fadiga mecânica. O grupo T (821,687N, ±196,71)
apresentou resistência à fratura significantemente maior do que o grupo M
(577,032 N, ±137,75) (p = 0,005). Não houve diferença estatística nos modos de
falhas entre os grupos, sendo a fratura da cerâmica a falha predominante. A coroa
monolítica cimentada sobre base de titânio apresenta resistência à fratura
superior a da coroa cimentada sobre munhão universal. As coroas monolíticas de
dissilicato de lítio cimentadas sobre base de titânio apresentam sobrevivência á
fadiga similar àquelas cimentadas sobre munhão universal, o que sugere que
podem ser utilizadas como uma solução reabilitadora alternativa em próteses
sobre implates cone morse na região posterior. O uso de uma base de titânio
aumenta a resistência à fratura do conjunto prótese/intermediário implante,
embora a falhas mais frequente seja a fratura catastrófica das coroas cerâmicas
para ambos os sistemas.